sexta-feira, junho 29, 2007

Dia de Sol no Parque


Achei que ficou bonita a colagem! Valeu Hugo =)


O divórcio eu não dou!

Separação

Realmente eu não estou numa fase como a do poema, mas, embora se tratando de um poema de separação, eu o achei tão interessante, que quis guardá-lo de alguma forma. Encontrei-o no blog do Marcelo Coelho, um colunista da folha que escreve para a Ilustrada. O poema é de um russo Ievguêni Ievtuchenko traduzido por Lauro Machado Coelho.


NÃO QUERO A METADE DE NADA

Não, não quero a metade de nada.
Dá-me toda a terra,
depõe todo o céu!
Os mares, os rios, os riachos nos montes
são meus! Não concordo com partilhas!

Não, vida, não me terás com meias caretas!
Deves-me tudo inteiro!
Só isso me contenta!
A metade da alegria eu não quero,
e nem da dor quero só a metade!

Mas quero a metade daquela almofada
onde, sob o rosto de leve apoiado,
estrela indefesa, estrela cadente,
na tua mão o anelzinho cintila...



Pode parecer meio psicopata, mas não é uma grande prova de amor a negação da separação? Lógico que sou a favor do divórcio, do direito das pessoas, mas, não deixa de ser amor...


Achei a parte final ótima, é o lado Maria Bethânia das pessoas se mostrando universal!



sábado, junho 23, 2007

Corpos Ardentes

¡Qué Calor!




Mas afinal, o que é um bom filme? Essa questão pode provocar confusão, afinal, classificar um filme como bom mexe com algumas convicções muito individuais.

Acabei de assistir um filme que eu adorei: Corpos Ardentes (Body Heat). É incrível o papel que o calor tem neste filme, talvez o calor seja um personagem maior que o William Hurt. Achei as cenas tão sufocantes que parecia que o mormaço do filme se transferiu para a sala e antes de chegar nos 40 minutos eu já tinha abandonado o edredon. Os primeiros 40 minutos do filme são vermelhos e amarelos, mas não é um vermelho Almodóvar, é um vermelho calor, calor de Jacareí praticamente.

Mas o engraçado de tudo é que o calor mexe realmente com a gente, o calor é sexy, intenso e eu acho que as reações seguem este mesmo ritmo. Há uma cena no início que o policial fala que o calor deixa as pessoas irritadas, que elas acordam suadas, e que elas se sentem desafiadas a romper a lei.

Após o crime o calor relaxa, até as noites dos filmes se tornam mais frescas e talvez a serenidade volte para os personagens também.

Fazia tempo que não via um filme tão sexy. A cena em que o William Hurt conhece a Katleen Turner é fantástica. Uma coisa bonita de ver, no limiar da baixaria. Adoro essas situações limites, e o filme todo é de situações limites, impulsionadas pelo calor.

Acabou o filme, desliguei a tevê e bebi um copo d’água. Que calor! William Hurt ganhou um fã. A meta agora é assistir O Beijo da Mulher Aranha que deu a ele um Oscar.

Amanhã estou indo para Campinas, vou passar o dia lá. Vou dormir torcendo para que dê 40 graus na sombra! Estou querendo intensidade! Não que não tenha encontrado no frio, mas que o calor dá um je ne sais quois, se dá!



segunda-feira, junho 18, 2007

Marta, Maria, Sabrina e um Sábado Fantástico



É contraditório, eu sei, mas se não fosse não seria Eu. No entanto uma lembrança inconsciente deste final semana foi a respeito do evangelho Marta Maria, que foi um episódio meio marcante na minha segunda volta à Igreja. O evangelho é praticamente sobre a dualidade entre a prática e a contemplação na vida de igreja. Na passagem Jesus entra na casa de Marta e esta se põe a servi-lo enquanto sua irmã, Maria, se põe a ouvi-lo. Num dado momento Marta pede a Jesus que mande Maria ajudá-la, mas ele responde: “Marta, Marta, andas preocupada e aflita com tantas coisas quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor e esta não lhe será tirada”.

Na verdade o que quer dizer o evangelho é que uma ação sem orientação não é válida. A ação de Marta seria posta a perder se não tivesse a contemplação e a orientação do evangelho que era representada por Maria.

Tudo isso para dizer que no sábado tive um momento Maria (ou será um momento Sabrina??). Fui para Campinas, passei um dia ótimo e este dia teve um sentido. Com certeza não foi um sentido evangélico, mas como Maria soube fazer uma contemplação do dia, tanto que até melhorei. Depois de 3 dias de convalescença. Foi ótimo andar um pouco no sol, sentir calor, tomar café (infelizmente estou tomando tantos remédios que não pude tomar nenhum drink), fazer algumas compras, ir ao cinema. Dia perfeito.

Cheguei hoje para trabalhar com um espírito Marta. Mas o tal mandante 50 não está disponível para login, de tal forma que faltou na equipe do projeto um momento Maria.


Dry Martini

Acabei procurando receitas de dry martini na internet para estreiar meus copinhos novos! Na verdade fiquei com vontade de comemorar o aniversário do Mauricio com Dry Martinis. É uma hipótese, não a descarto. Fiquei feliz com meu cartão de crédito este mês. Será que aprendi a domesticá-lo?

sexta-feira, junho 15, 2007

Reagan, Reaganomics e os mais espertos da sala


Os mais espertos da sala

Acabei de ver um documentário muito interessante sobre as fraudes que levaram a falência da Enron.

A questão da ideologia é realmente interessante. A cultura do mercado como regulador, de que a ação orientada a interesses é predominante e comum a todos, pode trazer certa nebulosidade sobre o ético e o justo. Afinal, a questão do mercado como uma arena onde todos se orientam de maneira semelhante e onde todos têm o mesmo direito e o mesmo acesso é realmente estimulante e vai realmente de encontro com a nossa noção de liberdade e individualidade. E sendo a regra do mercado você agir de acordo com seu interesse, não é justo você fazê-lo?

O liberalismo econômico é fantástico porque ela devolve para o cidadão o controle da sua vida, e essa sensação de progresso é fantástico! É a mesma sensação de quem tira uma carta e pode dirigir. Com o mercado você pode pôr suas regras e ganhar. É difícil tirar essa ilusão de uma pessoa.

Depois que vi o filme, fiquei com a impressão que muitas das pessoas envolvidas talvez não tenham nenhum sentimento de culpa porque se sentem injustiçadas, uma vez que acreditaram naquele mundo da fantasia e viveram de acordo com as regras que o acompanhava.

E se o importante era valorizar as ações da empresa, nada como ser inteligente, e conseguir ganhar dinheiro onde a lei não impedia (que pode não ser ético, mas é justo), e quando a lei impedia, poderia criar uma ilusão contábil até a lei permitir, ou até conseguir recuperar-se.


Reagan

No colegial apresentei um trabalho de Geografia sobre neoliberalismo e fiquei maravilhado com a figura de Ronald Reagan. Acho que a grande sacada de quem estuda ciências exatas é a concepção que a natureza é simples. E os pensamentos de Reagan eram simples. O Estado e o excesso de regras deformam a principal regra do mercado que é a livre competição. Apoiado numa crença em valores individuais, onde o coletivo é desconstruído em prol da figura do indivíduo, com livre-arbítrio. É muito mais fácil você se motivar com a idéia de que você pode prosperar dependendo exclusivamente de você, do que você é um ser envolvido dentro de um histórico de acontecimentos e que está socialmente determinado.

A idéia é tão cativante, que mesmo dez anos depois de ter contato com Reagan, no final do ano passado, li um livro, Freakonomics, onde tudo poderia ser explicado pelo incentivo, pela lei da compra e venda, da oferta e da procura.

Homo economicus o caralho.

Discutindo recentemente durante o almoço sobre vantagens e desvantagens de ser CLT, cheguei a conclusões horríveis sobre minha participação no mercado de trabalho. Não sou realmente um homo economicus, minhas escolhas geralmente apontam para o menor rendimento possível, talvez até por falta de uma educação econômica. No entanto, mesmo sabendo que poderia ganhar muito mais grana aplicando meu FGTS por aí, ou aplicando o dinheiro que o INSS me retém na fonte; prefiro deixar essa minha consciência na mão do governo. Afinal a tentação das compras é grande e é bem provável que eu me torne um velhinho indigente se esse mercado se regule. Não confio na minha habilidade de gerir fundos! Nem mundos!

A foto

Achei-a paradigmática

Convalescença

Estou de molho devido a uma gripe, que poderia resultar numa sinusite, que me obriga a tomar 6 remédios diários que me dão um sono do cão e que me fez perder a voz! Mas tudo bem!

quinta-feira, junho 14, 2007

Não se reprima!

Que isso? Inconsciente!

Dirigindo hoje surgiu, das profundezas do meu inconsciente a musiquinha dos Menudos.

Não se reprima

Canta, dança, sem parar
Sobe, desce, como quiser
Sonha, vive, como eu
Pula, grita, ô ô ô ô ô ô...

Não segure muito teus instintos
Porque isso não é natural
Sai do sério, fala Alto, dá um grito forte,
Quando queira evitar
É saudável, relaxante, recupera
E faz bem a cabeça
Por isso
canta, dança, grita ô ô ô ô ô ô ô

Vá em frente, entra numa boa
Porque a vida é uma festa
Não console, não domine, não modere
Tudo isso faz muito mal
Deixe que a mente se relaxe
Faça o que mandar o coração
Por isso
canta, dança, grita ô ô ô ô ô ô ô

Não se reprima
Não se reprima
Não se reprima

Não se reprima
Não se reprima
Pode gritar

Não se reprima
Não se reprima
Não se reprima

Dança, canta, sobe, desce, vive, corre e pula como eu!

Canta, dança, sem parar
Sobe, desce, como quiser
Sonha, vive, como eu
Pula, grita, ô ô ô ô

Chega de fugir, de se esconder
E de deixar a vida pra depois
Não persiste mais, se o mundo quer,
O tempo corre, nada vai te esperar
Entra de cabeça nos seus sonhos
Só assim você vai ser feliz
Por isso canta, dança, grita, ô ô ô ô ô ô

REFRÃO

quarta-feira, junho 06, 2007

São José dos Campos

Ócio e Estatística

Aproveitando um momento de total ócio no meu trabalho, resolvi pesquisar se algumas impressões que tinha de São José dos Campos eram verdadeiras. Não pode ser levado ao pé da letra, escolhi cidades de maneira aleatória de forma a traçar um panorama de cidades grandes do interior. Algumas das cidades que julgava grande, não eram tão grandes assim. Mas vale o registro.

Pesquisei as seguintes cidades:

Bauru
Campinas
Jundiaí
Ribeirão Preto
São Carlos
São José dos Campos
São José do Rio Preto
Sorocaba
Taubaté

Algumas coisas interessantes:

São José dos Campos é uma cidade espalhada

Essa sensação é o primeiro impacto para uma pessoa que vem de fora e conhece São José dos Campos. A concentração de prédios está restrita a alguns lugares e a maioria dos prédios é nova. Além disso, são comuns áreas totalmente desabitadas no meio da cidade, em plena Avenida Cassiano Ricardo, você pode encontrar vacas!

São José dos Campos apresenta uma densidade de 519,2 hab/km2, contra uma densidade de 769,27 hab/km2 de Jundiaí ou 1161,10 hab/km2 em Campinas. Além disso, somente 12% dos domicílios joseenses são apartamentos. Jundiaí que é uma cidade menor apresenta 14% e Campinas, 21%.

São José dos Campos é uma cidade rica

Como cidadão, vejo o quanto os preços aqui são maiores que na minha terra. Talvez uma das causas seja que São José dos Campos é uma cidade rica, o PIB per capita aqui chega a R$ 30.014,11, enquanto Campinas, que sempre achei que fosse uma cidade rica tem um PIB per capita de R$ 14.262,06 para Campinas. Impressionou-me que Jundiaí tenha um PIB per capita de R$ 20.131,21.

Tenho a impressão de uma cidade menos desigual que Campinas, mas não achei um índice para medir isso, talvez o IDH (ano 2000), neste quesito São José dos Campos está em 11º lugar no Estado, atrás de Campinas e Jundiaí, mas a frente das outras.

São José dos Campos não tem um grande número de automóveis

Talvez pelo número de avenidas expressas, São José passa a impressão de uma população mais motorizada do que de outras cidades que conheci, ainda mais com a expansão dos condomínios, a existência de Miamis perdidas na cidade. No entanto, o índice de habitantes em relação ao número de automóveis aqui é de 3,80, o maior (só perdendo para Taubaté) das cidades analisadas.

Há muitos homens em São José dos Campos

Engraçado, das cidades analisadas, São José dos Campos apresenta o maior número de homens para um grupo de 100 mulheres: 97,49. O maior para as cidades analisadas. Em todas estas cidades há mais mulheres que homens, mas em São José dos Campos este índice é mais igualitário. Destaque para Ribeirão Preto, com 92,99.

Fiquei tão curioso que analisei para este item todas as cidades do Estado. A cidade com a menor proporção é Santos: 85,74. A com maior é uma cidade de Álvaro de Carvalho, com 145,74.

Nenhuma cidade com mais de 100 homens para cada 100 mulheres é uma cidade grande.

Já são cinco horas! Hora de ir embora!

A propósito, a foto acima é uma vista da cidade de São José dos Campos

terça-feira, junho 05, 2007

Erundina Sim!


Um governo democrático e popular


Acho que uma das coisas que mais me entusiasmou de criança foi a eleição para a Prefeitura de São Paulo em 1988. É engraçado; uma das imagens mais antigas que eu tenho na minha memória foi a eleição de Quércia em 1986. A eleição da Erundina já foi num momento de maior consciência.

Hoje, por acaso, acabei descobrindo uma entrevista da Erundina de 1990, completando 1 ano e meio da sua posse. Achei incrível como alguns assuntos são tão atuais e ao mesmo tempo, olhando sob a ótica com que acompanhamos política hoje, são tão radicais.

Cabe lembrar, que o governo Erundina e de outros petistas da mesma época, como Jacó Bittar em Campinas, sempre foi contestado pelo próprio partido como governos que se renderam ao capital. No entanto, não encontramos durante a gestão da Marta Suplicy, ou da Izalene Tiene em Campinas, propostas tão revolucionárias, e tão cativantes como às expostas pela Erundina nesta entrevista.

É incrível a percepção da dimensão do poder local, e como este pode ser articulado numa frente popular. Estimulam-se ali novas formas de participação popular, e com ela se pretende resolver os problemas que a cidade apresenta. Uma coisa também presente e que nós desconhecemos hoje, é um sentido de governo. Dá uma impressão que o governo sabia para onde estava andando.

E a partir daí pode se notar a estatização do transporte público, uma resposta do poder local frente a uma política nacional recessiva e conservadora, o restabelecimento dos canais de conversação com a sociedade.

Acho que esta entrevista me deu uma nova noção do poder local. Ele sim é base de grandes transformações, uma vez que o poder público interfere muito mais na nossa vida cotidiana, que a política nacional.

Sinto-me hoje um personagem apolítico na vida da minha cidade. Não usufruo de nenhum serviço público, minha noção de que o governo vai bem ou não se resume ao estado de conservação das ruas em que transito. Daí a necessidade de uma forma mais radical de governo, trazendo todos para a esfera pública.

Abaixo o link da entrevista:

http://www2.fpa.org.br/portal/modules/news/article.php?storyid=642

A revista é ligada ao PT, e por isso se torna ainda mais paradigmática esta entrevista. Existe também uma entrevista interessante de Jacó Bittar (praticamente expulso do PT durante sua gestão na prefeitura de Campinas) e de Florestan Fernandes.

sexta-feira, junho 01, 2007

Viernes a la noche

Friday night in the Paradise

Minha casa. Banho tomado, casa limpa, Nina Simone, divã Le Corbusier, bebidinhas. Esperar. Chegar. Sair. Drinks, cigarrinhos, comidinhas, pessoas bonitas, conversa animada, Heart of Glass. Beijo no elevador, cama queen size, lençol de algodão, banho demorado e acompanhado; todo o fim-de-semana pela frente.

Friday night in the Reality

Minha casa. Banho tomado, casa suja, roupa para lavar, Ella Fitzgerald, barulho da máquina. Esperar. Chegar, Ligar o computador, orkut, conversas, gente bonita, conversa animada, Heart of Glass. Beijo, boa noite, saudades. Cama estreita, lençóis sintéticos, Bebê de Rosemary na cama, medo de dormir, acordar e trocar o livro na biblioteca para mais um fim-de-semana.

Coucher

Lavar o rosto

Escovação
Fio dental
Gargarejo

Pegar o algodão
Passar a loção

Espremer
Espalhar

Movimento circulares
Hidratação rápida

Dormir

Lever

Lavar o rosto

Escovação
Fio dental
Gargarejo

Passar o algodão
Passar a loção

Espremer
Espalhar
Movimentos circulares
Hidratação rápida

Trabalhar