Eu realmente desconfio de casais que demoram muito tempo para viver plenamente uma relação. Alguns namoram 8, 10 anos. Não quer dizer que não tenham uma boa relação, com certeza devem ter. No entanto falta um algo mais, e esse algo mais não espera esse tempo todo. Quem busca tanta segurança antes de assumir uma relação, provavelmente nunca a assumirá no sentido do famoso “homem, abandonarás teu pai e tua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois formaram só um”.
É este se tornar só um que realmente me intriga. A beleza de ser ocidental está toda calcada na aceitação da individualidade. Foi ela que nos levou ao Romantismo e que permitiu criar todo o imaginário em torno do casamento e do amor. A experiência Romântica que permitiu a liberação do sexo, como forma de experimentar o amor sem preconceitos e aí a coisa se perdeu ao querermos ter a liberdade sexual, a possibilidade de vivermos amores sem renunciar na hora certa da individualidade.
O mais bonito da vida como casal é exatamente a comunhão do espírito, quando um passa a pensar nos dois, pensando no bem do casal. É uma renúncia ao individualismo para uma espécie de individualismo a dois. E esta experiência com certeza passa pela construção da intimidade, da segurança, bem como da vivência da paixão, como se ela fosse o elemento sobrenatural que permite criar esse laço. E de maneira nenhuma esse é um amor careta, ou reacionário, uma vez que esse se jogar é uma experiência totalmente libertadora, ao permitir surgir um laço maior de envolvimento, se conhece os próprios limites.
Por isso desconfio de quem não se entrega a uma relação (e também daqueles que se entregam em relações que não tem possibilidade futura nenhuma). Acho lindo quem se casa cedo e passa ter uma vida em casal. Acho que essas pessoas terão a possibilidade de ter uma entrega de maneira muito mais intensa que compensarão os benefícios financeiros do entregar-se numa relação com a vida estável.
Pra ser sincero, tudo isso aí de cima é porque ontem eu assisti Love Story, e realmente acho incrível que um filme feito pra ser a pieguice total, consiga expor a beleza da construção de uma relação. Bem, um dos pontos lá é uma frase que acaba sendo repetida algumas vezes que é: amar é jamais ter que pedir perdão. Tem lá o seu clichê, mas não é verdade? Se se está vivendo esta comunhão, é impossível que um faça o mal ao outro, fiquei com isso na cabeça. Com isso e com a música. Gostei muito do filme!
segunda-feira, outubro 06, 2008
Love Story
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2 comentários:
Q reflexão bacana e singela sobre relacionamentos!
Lembro do meu último, em q era constante a angústia. Sinal de q nao era mesmo p/ ser...
É vc mesmo q pensa assim ou vc tem um narrador q não coincide com o autor? hehehe
Anotei a dica do filme! Assistirei qdo estiver apaixonada, pq, antes disso, acho q ficarei mal!
bjos
Qto ao "viver plenamente uma relação", acho q requer, sim, um tanto de segurança, mas tb um tanto de paixão. Só não acho legal sermos movidos apenas pela última, abrindo a possibilidade de esta ser uma vez apenas, o q mta gente tem feito e acho mto triste.
E p/ a mulher, de certa forma, ter alguém disposto a ficar com ela "por 8, 10 anos" sem interesse exclusivamente sexual é reconfortante. (ou preocupante, depende do pto de vista.. hahaha)
Se vc vivia, à época desse tx, algum dilema com rlç a isso, espero q o tenha resolvido!
Ah, eu já disse q essa imagem de se pensar numa individualidade a 2 é linda?
bom, já notei q vc terá q aprovar meus comments, se quiser responder e diretamente: thais_matsumoto@yahoo.com.br
bjos
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