Eis que depois da era Fujimori, governo forte, com atrocidades no campo humanitário e na democracia e estabilidade financeira e depois de Alejandro Toledo totalmente instável politicamente mas respeitando a democracia o Peru elegeu Alan García novamente e por incrível que pareça é um presidente com baixa popularidade. A economia cresce, o país é estável, é uma ilha de prosperidade perto dos seus vizinhos, tem a democracia consolidada e Alan García é totalmente impopular e corre o risco de passar a faixa presidencial para Ollanta Humala, que é considerado forte para acabar com a corrupção e a desigualdade.
Acho que a síndrome de Alan García pode ser bem transportada pela rejeição ao Fernando Henrique ou ao Gabeira, esquerdistas que acompanharam o tempo, que acreditam na democracia como valor e não como meio não são considerados bons estadistas já que queremos é sebastianismo, não acreditamos em processo mas em ação e aí fica difícil defender o amadurecimento das instituições frente a caudilhos que se declaram eles próprios as instituições e frente a povos lenientes de seu papel no amadurecimento. (embora eu duvide que tanto Fernando Henrique como o Gabeira queiram ser comparados a Alan García).
No entanto, quando o caudilhismo falha, a inflação corrói, o Estado vai a bancarrota, os direitos humanos e os sigilos são violados, são eles, os resilientes, os capazes de mudar e amadurecer que conduzem seus países de volta ao mundo, são Alfonsín, Fernando Henrique, Alan García, César Gaviria e Ernesto Zedillo que tentam como Don Quixotes restaurar a democracia por aqui.