sexta-feira, março 07, 2008

A minha minissérie

Queridos Amigos
James tira sarro de mim quando eu me refiro à minissérie "Queridos Amigos" como a "minha minissérie". Mas não consigo não usar o minha, assim como a gente lê um livro grande que a gente se envolve com ele, minisséries e novelas são assim, passam a ser nossas. E aí nada mais fácil do que dizer: "poxa vida, vou perder minha minissérie". Ao contrário do livro que é só você continuar da onde você parou, na minissérie você tem que acompanhar a tv. Então fica combinado que ninguém vai querer fazer nada no final da minissérie, afinal, se não assitir, como saberei o final? Quero assistir a minissérie à antiga, correndo pra casa para assistir.
Acho que a Rede Globo é a grande culpada por eu não suportar ler contos. Os únicos que consegui e gostei foram do Cortázar porque, pela difculdade da língua e por serem tão fantásticos, convivia com eles por algum tempo depois de terminar. Não consigo me envolver com um conto. Não dá tempo de sentir seus personagens, de simpatizar com eles, de torcer, de sonhar. Como assisto novela, acho que me acostumei a acompanhar histórias por um período de tempo, e aí, não tenho envolvimento algum com os contos.
Voltando a minissérie, estou adorando, não é lá um recorte muito profundo, tende ao clichê, mas são clichês tão meus! Existe uma aura de politização maniqueísta tão bonitinha que lembram as minhas discussões com o James. Além disso têm personagens interessantíssimos que são arquétipos, e a gente se identifica com todos eles.
A minissérie me fez até a pensar em Milton Nascimento como uma opção musical...
Insônia
Estou com uma insônia pesada, e o pior, fiz coisas que pioram a insônia, acho que 50% é culpa da Lei das Águas (resolvi hoje prestar o concurso do ministério do meio ambiente), outros 30% é culpa do meu aniversário, fiquei pensando em tantas coisas pra fazer no meu aniversário que fiquei acordado, os outros 20% é a maldita propensão à insônia, um dia tomo coragem e vou viver feliz no mundo do lexotan.
Observação sobre a Abertura
Estava pronto para pôr aqueles quadrinhos do youtube com a abertura, quando infelizmente percebi que no fim, alguma alma bem intencionada colocou a imagem de um homem desaparecido. Acabei me lembrando de uma coisa: tenho horror a essas figuras de gente desaparecida, eu tenho muito medo, me arrepia, me faz ficar ainda mais acordado. Eu morro de medo de encontrar essas pessoas, morro de medo de aparecer num quadrinho desses. Quando morava em Jundiaí, assistia ao Linha Direta e morria de medo de encontrar aquelas pessoas. Loucura né?
Medo de imagens?
Nossa, que viagem, mas meus medos de infância mais irracionais estão ligados à imagens. Tinha medo de uma capa de um disco do Roberto Carlos (Roberto Carlos, 1970), tinha medo da foto de um polvo que tinha num jogo de memória e não gostava do livro com a letra A da Barsa por causa das fotos de Artrópodes. Acho que esses eram meus grandes medos de infância. Na adolescência desenvolvi o medo por imagens de pessoas procuradas e desaparecidas, estranho né?
Vou por o quadrinho, mas nunca mais vou vê-la,pelo menos a que encontrei no youtube. Fiquei com medo!

2 comentários:

Anônimo disse...

Põe a foto de um artrópode? Fiquei curioso!

Heber disse...

Eu tenho medo de gente desaparecida. Bom nome de comunidadee. Mas dois sachês de chá de camomila, devem resolver! uhahua
[]´s