sábado, maio 15, 2010

A mulher do lado

Num surto consumista acabei comprando uma caixa de filmes do Truffaut, talvez numa tentativa de acabar com ciclo Woody Allen meio que a força. Então veio, A mulher do lado, O último metrô e Um só pecado. Como realmente é legal assistir um filme com história, que foi pensado para você pensar na história, que não é só uma história, mas uma história filmada, onde cada objeto ou música é um elemento importante na forma de contar esta história.

Pois bem, A mulher do lado é um filme sobre um amor que volta. Um casal que teve uma paixão violenta com fim abrupto volta a se encontrar depois de oito anos como vizinhos numa vila, de maneira que não existe outra maneira se não restabelecer o contato. Mas qual o contato? Bem, acho que é isso o que o filme conta.


Achei interessante que se o filme fosse óbvio, a paixão voltaria, mas a vida real e o filme não é bem assim, e aí a forma com que ambos conduzem esta situação muda muito conforme o filme passa e também, na maioria das vezes, não coincide com a que o outro tenta conduzir.

Claro que se estamos falando de paixão, é nesse campo que a coisa vai se desenrolar. O desapaixonar-se é tão interessante quanto o apaixonar, também parte da mesma violência e acho que no filme esse apaixonar-desapaixonar-apaixonar é muito bem explorado. Deve ser uma coisa tão comum essa do filme e eu nunca tinha visto isso num filme.

Fiquei pensando depois do filme que talvez se o Truffaut fosse vivo, teria se tornado um Woody Allen e aí acabei vendo Noivo Neurótico, Noiva Nervosa.

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