Ainda estou sob efeito de Foi apenas um sonho. Já haviam me falado que era bom, mas não sabia que me causaria tanto impacto. Que filme bom!
Engraçado é perceber, e aceitar, como as pessoas fogem da mediocridade. Somos todos os dias bombardeados de casos de sucesso, de proezas inimagináveis, de belezas inatas e construídas que diferenciam as pessoas, ao mesmo tempo em que caminhamos cada dia mais para a massificação.
Fico meio receoso em usar a palavra massificação uma vez que estamos cada dia mais na era da diferenciação social, dos interesses difusos e coletivos, mesmo que ainda haja a polaridade burguês-proletário, há tantos tipos de burgueses e tantos tipos de proletários que não se pode mais tratá-los como o Manifesto Comunista os tratava. (esse parágrafo é uma tentativa de justificar o massificação, já que realmente não estamos mais tão massificados assim...)
Posto isso, ao mesmo tempo em que se foge da mediocridade com a idéia de que qualquer um pode ascender à glória por seus próprios meios, seja ele do talento, da beleza, da inteligência, o caminho que nos é dado é um só. E esse caminho que poderia nos tirar da mediocridade, tende a nos levar a ela.
Afinal, ganharás o pão com o suor do seu trabalho e há de ter responsabilidades, e tudo isso pode solapar de vez qualquer talento, beleza e inteligência que poderia vir a trazer uma realização plena.
Aí entra o filme. Quando você acha que o casal romperá o estilo de vida. Onde sofrem a reprovação de todos do seu convívio social e ao mesmo tempo os fazem repensar seus próprios modos de vida. O casal não consegue romper o ciclo. O casal não, o marido.
Triste busca incessante esta a da felicidade. Pelo menos a diferenciação nos dá a graça de criarmos nichos alienantes que podem nos dar a idéia de sermos bons e diferentes, mesmo dentro da geléia geral.
(Que textinho marxista, não o imaginei assim, mas é uma forma de análise, ou não)
terça-feira, agosto 04, 2009
Foi apenas um sonho
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