Sabe quando você escuta uma música e não consegue se desligar dela? Pois é, aconteceu comigo na quinta-feira e não consigo parar de ouvir uma música. Embora a música seja interessante do jeito que é, adoraria trocar-lhe duas palavras, e acho que aí sim ela ficaria bem interessante.
É desnecessário saber que ouvi essa música na voz da Vanusa, e que sabe-se lá como eu cheguei nela, mas não julguem a música pela cantora, depois descobri que a música é até bem velhinha, até o Nelson Gonçalves gravou em dueto com a Maria Bethânia, mas eu ainda prefiro ouvi-la na voz da Vanusa.
Caminhemos
(Herivelto Martins)
Não, eu não posso lembrar que te amei,
Não, eu preciso esquecer que sofri,
Faça de conta que o tempo passou
E que tudo entre nós terminou
E que a vida não continuou pra nós dois
Caminhemos, talvez nos vejamos depois!
Vida comprida, estrada alongada.
Parto à procura de alguém
Ou à procura de nada...
Vou indo, caminhando
Sem saber onde chegar
Quem sabe na volta
Te encontre no mesmo lugar!
Do jeito que a música está, me dá a idéia de alguém infeliz numa relação, mesmo assim inseguro se deve ir ou não, perdido no mundo, e o “quem sabe na volta te encontre no mesmo lugar”, pode parecer que a pessoa decidiu que a volta era a melhor das opções (que seria um final muito Alcione para a Vanusa) ou que o sujeito da canção evoluiu, cresceu e o que ficou estagnou (que seria uma vingança bem executada).
No entanto, ao escutar a música, depois de algumas vezes, eu trocaria duas palavras:
Caminhemos
Não, eu não posso lembrar que te amei,
Não, eu preciso esquecer que sorri,
Faça de conta que o tempo passou
E que tudo entre nós terminou
E que a vida não continuou pra nós dois
Caminhemos, talvez nos vejamos depois!
Vida comprida, estrada alongada.
Parto à procura de alguém
Ou à procura de nada...
Vou indo, caminhando
Sem saber onde chegar
Quem sabe na volta
Me encontre no mesmo lugar!
Com as duas alterações acho que seria uma crise existencial muito bem cantada. O sujeito da música está numa relação boa, no entanto precisa repensar a sua vida e parte “à procura de alguém ou a procura de nada”, ou de algo, e quem sabe posteriormente a toda esta busca perceba que estava tudo bem.
Afinal, quem nunca teve dúvidas desta natureza, e percebeu que estava tudo ok depois?
A propósito, estava num bar meio decadente onde uma dupla sertaneja fazia cover de outras duplas sertanejas, quando eles tocaram Borboletas de Vitor e Leo que diz coisa bem parecida, mas sobre a ótica de quem ficou. Acho a parte de quem foi mais corajosa, mas no final fiquei com as duas músicas na cabeça!
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