terça-feira, abril 20, 2010

Ainda assim Engenheiro


Nestes últimos dias tive a sensação que realmente sou um engenheiro civil pleno. Não que antes não fosse, ainda acho que engenharia é uma maneira pragmática de solucionar problemas, racionalizando e simplificando pela técnica problemas complexos. Fazia isso quando estava no PCP do vidro float e quando fazia muitas observações e avaliações a respeito de um grande número de assuntos na CPTM.

Considerando, porém, que a cidade é o elemento mais complexo que nossa civilização (ocidental, pelo menos na concepção de cidade que estou falando) já construiu; morar nela é um problema complexo que implica inúmeros sistemas de abastecimento e de recolhimento de dejetos, bem como locomoção, aspirações e bem estar que somente um engenheiro pode tentar racionalizar sem perder a realidade, sem ser fascista impondo uma o solução artificial como as cidades-jardim, villa radieuse e outros experimentos; e ainda assim, pela técnica, fazer com que os problemas desse aglomerado sejam minorados.

Ao encarar um condomínio produzido de maneira industrial (racional e ocidental, portanto), me envolvo com um gigantesco número de normas e procedimentos que englobam outro gigantesco número de ciências que com pragmatismo pode dar respostas satisfatórias a toda complexidade envolvida.

O interessante disso, é que a técnica não priva ninguém de decisões, sonhos e aspirações; a engenharia não é fascista. A sociedade decide seus desejos e a engenharia dá uma resposta. Às vezes ela é mais cara que a sociedade pode ou está disposta a pagar, mas sempre dá uma resposta.

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