_ Você se sente muito diferente do que quando você saiu da faculdade?
_ Depende, em algumas coisas sim e outras não.
_ Como assim?
_ Ah, acho que hoje eu tenho mais discernimento com as coisas, levaria a faculdade de uma maneira bem diferente, acho que passaria por ela de uma maneira muito mais agradável. Sofreria menos com alguns detalhes, prestaria mais atenção em algumas matérias.
_ Sei lá, quando ouço que a faculdade é a melhor parte da vida fico me perguntando se realmente para mim isso é verdade. Às vezes eu até esqueço que passei por ela. Mas concordo que hoje eu me sinto muito mais maduro do que quando saí de lá. Faço francês com um monte de piá que está na faculdade, olho pra eles e fico pensando se eu era tão bobo daquele jeito.
_ É, mas também eu acho que os que estão vindo estão cada vez mais bobos, mais jovens. Acho que como aumentou a concorrência, estão entrando um monte de gente “bolha”, que não têm nenhum contato com a realidade. Quando eu fiz estágio tinha uma menina que quando foi embora ela foi assaltada; se fosse minha mãe teria dito pra que eu tomasse cuidado; olhasse quando fosse passar por lá. No entanto a mãe dela deu um carro pra ela, olha que loucura! Veja o tipo de relação que esta menina vai ter com a vida.
_ Meus pais me chamariam de tonto por deixar-me ser assaltado! (risos). Mas é bem isso que eu estava falando: as pessoas não têm mais noção ao se relacionar com o mundo, ou melhor, o jeito que eles se relacionam é diferente.
_ Talvez essa seja o choque geracional da nossa era, ao invés de ser entre pais e filhos, talvez se dê entre primos mais velhos e primos mais novos. Mas lhe digo que eu me sinto muito bem com meus quase 30.
_ Eu me sinto bem com 29 anos, acho que demorei bastante para ter essa sensação de adulto que eu tenho hoje. Me sinto bem adulto hoje, também, se não me sentisse adulto com 29 anos era um bom sinal que a terapia não está funcionando mesmo (risos)
_ Pois é, mas sabe que eu acho que está na hora da gente começar a cuidar mais do nosso corpo, não sei quanto a você, mas eu não sinto mais meu corpo como ele era antes. Sei lá, às vezes me vejo pesado, sem elasticidade. Comecei a pensar nisso, sei lá, não só em alimentação, mas a gente não faz nada né?
_ O engraçado é que eu sinto a mesma coisa e pensar que há uns 5, 6 anos atrás, a gente se orgulhava de não pensar nisso. (risos).
_ Mas eu quero realmente começar a fazer uma academia, sei lá.
_ Pra lhe falar a verdade eu vejo isso cada dia mais necessário: eu tenho dor nas costas! Não posso mais dormir em qualquer lugar não, não dá mais pra ser como era. Lembra-se daquela viagem que a gente fez naquele fim de ano, que a gente andou pra caramba, fez rappel, foi em cachoeira, acho que não faria isso hoje não. Não que não faria, mas talvez sem o mesmo pique. E não por não querer, por não agüentar!
_ Que horror!
_ Mas é verdade, a gente dá aquela disfarçada falando que agora que eu já tenho uma certa idade eu quero conforto, mas eu acho que é mais uma questão de corpo mesmo.
_ Você já pensou quando a gente fizer 40?
_ Putz, eu acho que fazer os 30 vai ser tranqüilo, os 40 vão ser bem foda. Porque ainda nos 30, a gente estava meio que se preparando para o jogo. Com 40, o que a gente fez está feito. Não dá mais pra fazer muita coisa não. A gente vai estar vivendo os resultados, e sei lá, tenho medo que entre os 30 e os 40 eu consiga muito mais coisa.
_ Mas de que tipo de coisa você está falando?
_ Sei lá, profissão, grana, família, amor. Acho que agora a gente já tem mais ou menos um desenho do que a gente quer, tá certo, a gente foi meio errático dos 20 aos 30 (risos), mas agora, a gente tem uma idéia. Nos 40, a gente vai ver se foi por um caminho bom, não dá pra ser errático mais como a gente foi até agora.
_ Credo, dá até medo de pensar.
_ Mas sério agora, eu acho que a gente deveria pensar mesmo em fazer alguma coisa com nossa saúde, vamos tentar fazer, agora que você está voltando pra São Paulo a gente pode tentar fazer alguma coisa junto, pode ser no estilo daquele lance do Tai Chi Chuan que a gente tentou na Unicamp, mas agora mais sério (risos), nem que seja pra fazer um alongamento, um pilates, uma ioga que seja...
_ O foda é a grana né? Mas eu topo, pelo menos a gente vence a preguiça junto, ou não né, a gente pode ser preguiçoso como a gente era com 20 e poucos. (risos)
_ Putz, não posso esquecer que agora eu trabalho no fim do mundo...
_ Ih, nem vem com conversinha não (risos).
_ Não, a gente vai fazer sim (risos), mas eu trabalho no fim do mundo mesmo!
_ Pára de reclamar, moleque!
_ Ei, vamos indo?
_ Vamos, pede a conta!
_ Depende, em algumas coisas sim e outras não.
_ Como assim?
_ Ah, acho que hoje eu tenho mais discernimento com as coisas, levaria a faculdade de uma maneira bem diferente, acho que passaria por ela de uma maneira muito mais agradável. Sofreria menos com alguns detalhes, prestaria mais atenção em algumas matérias.
_ Sei lá, quando ouço que a faculdade é a melhor parte da vida fico me perguntando se realmente para mim isso é verdade. Às vezes eu até esqueço que passei por ela. Mas concordo que hoje eu me sinto muito mais maduro do que quando saí de lá. Faço francês com um monte de piá que está na faculdade, olho pra eles e fico pensando se eu era tão bobo daquele jeito.
_ É, mas também eu acho que os que estão vindo estão cada vez mais bobos, mais jovens. Acho que como aumentou a concorrência, estão entrando um monte de gente “bolha”, que não têm nenhum contato com a realidade. Quando eu fiz estágio tinha uma menina que quando foi embora ela foi assaltada; se fosse minha mãe teria dito pra que eu tomasse cuidado; olhasse quando fosse passar por lá. No entanto a mãe dela deu um carro pra ela, olha que loucura! Veja o tipo de relação que esta menina vai ter com a vida.
_ Meus pais me chamariam de tonto por deixar-me ser assaltado! (risos). Mas é bem isso que eu estava falando: as pessoas não têm mais noção ao se relacionar com o mundo, ou melhor, o jeito que eles se relacionam é diferente.
_ Talvez essa seja o choque geracional da nossa era, ao invés de ser entre pais e filhos, talvez se dê entre primos mais velhos e primos mais novos. Mas lhe digo que eu me sinto muito bem com meus quase 30.
_ Eu me sinto bem com 29 anos, acho que demorei bastante para ter essa sensação de adulto que eu tenho hoje. Me sinto bem adulto hoje, também, se não me sentisse adulto com 29 anos era um bom sinal que a terapia não está funcionando mesmo (risos)
_ Pois é, mas sabe que eu acho que está na hora da gente começar a cuidar mais do nosso corpo, não sei quanto a você, mas eu não sinto mais meu corpo como ele era antes. Sei lá, às vezes me vejo pesado, sem elasticidade. Comecei a pensar nisso, sei lá, não só em alimentação, mas a gente não faz nada né?
_ O engraçado é que eu sinto a mesma coisa e pensar que há uns 5, 6 anos atrás, a gente se orgulhava de não pensar nisso. (risos).
_ Mas eu quero realmente começar a fazer uma academia, sei lá.
_ Pra lhe falar a verdade eu vejo isso cada dia mais necessário: eu tenho dor nas costas! Não posso mais dormir em qualquer lugar não, não dá mais pra ser como era. Lembra-se daquela viagem que a gente fez naquele fim de ano, que a gente andou pra caramba, fez rappel, foi em cachoeira, acho que não faria isso hoje não. Não que não faria, mas talvez sem o mesmo pique. E não por não querer, por não agüentar!
_ Que horror!
_ Mas é verdade, a gente dá aquela disfarçada falando que agora que eu já tenho uma certa idade eu quero conforto, mas eu acho que é mais uma questão de corpo mesmo.
_ Você já pensou quando a gente fizer 40?
_ Putz, eu acho que fazer os 30 vai ser tranqüilo, os 40 vão ser bem foda. Porque ainda nos 30, a gente estava meio que se preparando para o jogo. Com 40, o que a gente fez está feito. Não dá mais pra fazer muita coisa não. A gente vai estar vivendo os resultados, e sei lá, tenho medo que entre os 30 e os 40 eu consiga muito mais coisa.
_ Mas de que tipo de coisa você está falando?
_ Sei lá, profissão, grana, família, amor. Acho que agora a gente já tem mais ou menos um desenho do que a gente quer, tá certo, a gente foi meio errático dos 20 aos 30 (risos), mas agora, a gente tem uma idéia. Nos 40, a gente vai ver se foi por um caminho bom, não dá pra ser errático mais como a gente foi até agora.
_ Credo, dá até medo de pensar.
_ Mas sério agora, eu acho que a gente deveria pensar mesmo em fazer alguma coisa com nossa saúde, vamos tentar fazer, agora que você está voltando pra São Paulo a gente pode tentar fazer alguma coisa junto, pode ser no estilo daquele lance do Tai Chi Chuan que a gente tentou na Unicamp, mas agora mais sério (risos), nem que seja pra fazer um alongamento, um pilates, uma ioga que seja...
_ O foda é a grana né? Mas eu topo, pelo menos a gente vence a preguiça junto, ou não né, a gente pode ser preguiçoso como a gente era com 20 e poucos. (risos)
_ Putz, não posso esquecer que agora eu trabalho no fim do mundo...
_ Ih, nem vem com conversinha não (risos).
_ Não, a gente vai fazer sim (risos), mas eu trabalho no fim do mundo mesmo!
_ Pára de reclamar, moleque!
_ Ei, vamos indo?
_ Vamos, pede a conta!
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