A meu ver, a grande discussão sobre a ZMRF tem muito mais a ver com a apropriação do público pelo privado do que a mobilidade de pessoas. É interessante notar nas reclamações dos usuários o absurdo deles terem que usar o transporte coletivo, como se o usuário do transporte coletivo fosse um ser que deve ser evitado, o diferente, o perigoso.
Segundo as pesquisa OD 2007, o perfil de renda e escolaridade dos usuários do fretado é igual a do usuário do transporte coletivo, o que desmonta o argumento que está na faixa dos fretados, que a partir de amanhã serão proibidos, que o fretado substitui 20 carros. Bem, somente se o usuário do fretado for um louco ou estiver na rabeira da distribuição estatística. Afinal, com a renda média dos usuários de fretado, se eles fizerem esta viagem de automóvel, o peso do transporte individual em seus orçamentos aumentará muito.
Olhando as pesquisas do DIEESE a participação do item transporte nas famílias do terceiro tercil de renda da RMSP já é quase igual ao de alimentação. Claro que eles tem maior mobilidade que os dos outros tercis, mas se optarem por usar seus carros, aumentarão este peso, o que é meio impossível. Logo os usuários do fretado não serão tão incoerentes para substituir sua viagem pelo carro, se ele pudesse, já estaria fazendo e não andando de fretado.
Além do mais, não é justo que os usuários do transporte coletivo dos ônibus da capital sejam prejudicados pelas barbaridades que os fretados fazem nas ruas, que diminui a velocidade dos ônibus. Não posso falar para vocês olharem a Berrini, a São Carlos do Pinhal e a Alameda Santos já que a partir de amanhã elas estarão livres, mas quem já as viu, se escandalizou com as barbaridades cometidas pelos fretados.
O que se vê é uma minoria que se acha melhor do que os usuários de transporte coletivo que se sente detentora de um direito que prejudica uma maioria de pessoas que são iguais a elas diminuindo a velocidade do trânsito na cidade.
Como transporte é máfia, amanhã será um dia de tumulto geral, praticamente com os fretados tentando sabotar o plano, tomara que a CET consiga pôr ordem na casa.
Vou fazer um exercício de futurologia, eu realmente acho que daqui uns dois meses as coisas estarão estabilizadas, e aí teremos mais 40.000 usuários que estão nos segundos e terceiros tercis de renda usando o transporte coletivo e discutindo-o politicamente. Afinal, o transporte público pode ser superlotado ou ineficiente, mas o é pela dinâmica da cidade e pressões de grupos como os usuários do fretado.
A construção da cidade passa pela identificação dos interesses e principalmente pela ponderação das suas forças motrizes, acho que neste caso o interesse foi detectado e a cidade ganhará com a medida.
Segundo as pesquisa OD 2007, o perfil de renda e escolaridade dos usuários do fretado é igual a do usuário do transporte coletivo, o que desmonta o argumento que está na faixa dos fretados, que a partir de amanhã serão proibidos, que o fretado substitui 20 carros. Bem, somente se o usuário do fretado for um louco ou estiver na rabeira da distribuição estatística. Afinal, com a renda média dos usuários de fretado, se eles fizerem esta viagem de automóvel, o peso do transporte individual em seus orçamentos aumentará muito.
Olhando as pesquisas do DIEESE a participação do item transporte nas famílias do terceiro tercil de renda da RMSP já é quase igual ao de alimentação. Claro que eles tem maior mobilidade que os dos outros tercis, mas se optarem por usar seus carros, aumentarão este peso, o que é meio impossível. Logo os usuários do fretado não serão tão incoerentes para substituir sua viagem pelo carro, se ele pudesse, já estaria fazendo e não andando de fretado.
Além do mais, não é justo que os usuários do transporte coletivo dos ônibus da capital sejam prejudicados pelas barbaridades que os fretados fazem nas ruas, que diminui a velocidade dos ônibus. Não posso falar para vocês olharem a Berrini, a São Carlos do Pinhal e a Alameda Santos já que a partir de amanhã elas estarão livres, mas quem já as viu, se escandalizou com as barbaridades cometidas pelos fretados.
O que se vê é uma minoria que se acha melhor do que os usuários de transporte coletivo que se sente detentora de um direito que prejudica uma maioria de pessoas que são iguais a elas diminuindo a velocidade do trânsito na cidade.
Como transporte é máfia, amanhã será um dia de tumulto geral, praticamente com os fretados tentando sabotar o plano, tomara que a CET consiga pôr ordem na casa.
Vou fazer um exercício de futurologia, eu realmente acho que daqui uns dois meses as coisas estarão estabilizadas, e aí teremos mais 40.000 usuários que estão nos segundos e terceiros tercis de renda usando o transporte coletivo e discutindo-o politicamente. Afinal, o transporte público pode ser superlotado ou ineficiente, mas o é pela dinâmica da cidade e pressões de grupos como os usuários do fretado.
A construção da cidade passa pela identificação dos interesses e principalmente pela ponderação das suas forças motrizes, acho que neste caso o interesse foi detectado e a cidade ganhará com a medida.
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