sábado, janeiro 23, 2010

Droit

Ser Direita no Orkut

Não acredito que uma visão política possa ser definida em termos de extrema esquerda, esquerda, centro, direita, extrema direita, libertário, autoritário ou depende da situação como o orkut nos pede para definirmos. Embora não contemple todo o conjunto, considerando que é uma sinalização para outras pessoas, acaba dando uma ideia do que esta pessoa pensa; sendo assim, sempre tenho uma crise sobre o que pôr neste quadro.

Pois bem, nos primórdios, quando o orkut era mais norte-americano que brasileiro, havia uma classificação de esquerda-liberal e me encaixava bem nela. Embora tenha sido severamente contestado sobre este esquerda-liberal estar ali, o liberal tirava todo o autoritarismo da esquerda e considerando a máxima de valorizar o trabalho ao invés do capital, definição esquálida de socialdemocracia, conseguia responder pela esquerda.

Ao perder o liberal, o termo esquerda ficou associado à nossa esquerda, aquela que enche a boca para falar que é esquerda e para quem ser direita é um xingamento. Como isso é totalmente autoritário e como nossa esquerda que adora dizer que é esquerda tem seu lado chavista; se nas classes baixas, ao renunciar à livre iniciativa em troca de uma mão do Estado; se nas classes médias, como reflexo de sua culpa e para garantir sua eternização nas bocas do Estado, garantindo aos seus filhos o acesso exclusivo à universidade púbica e aos melhores cargos na burocracia; se nas altas, por um complexo de culpa tremendo e pela garantia que o papai-Estado lhe proverá, se não com sua intervenção para garantir seus negócios, quando não muito pela própria interferência neste.

Como não concordo com os que se dizem esquerda, não poderia mais ostentar o status de esquerda, afinal não sou como eles, causo estranhamento à eles quando vêem meu status como tal e me estranho de estar no mesmo clube que eles. Sendo assim, foi necessário um outro título.

A ideia de escrever sobre isso é tão absurda e só pode ocorrer em certos círculos cuja minha vida tangencia e num país patrulheiro como o nosso, onde votar na Marta e falar das celebridades tomando um Dry Martini é uma coisa comum. Assume-se a sociedade de consumo e se expia da culpa no voto.

No entanto, após um período longo de observações sobre mim e sobre o mundo que vivo, acho que está na hora de pôr o direita no campo de visão política. Não que isso queira dizer lá muita coisa, mas hoje, por exclusão é onde me encontro.

Fazendo um Credo nas coisas que acredito, posso ter criado um pensamento monstrengo que não cabe nas palavras de ordem dos esquerdinhas militantes que ainda não renunciaram ao Stalin e que não cabe na sua concepção de um conservadorismo extremo com que veem a direita.

Pois bem, creio na livre iniciativa das pessoas e que o Estado deve garanti-la como forma de proteger sua liberdade individual e que o trabalho prevaleça sobre o capital. Ao incentivar a livre iniciativa, humaniza-se o trabalho e diminuem-se as desigualdades econômicas. Acredito que o trabalho deva prevalecer sobre o capital e que o Estado deve garantir isso ao ser fiador dos direitos trabalhistas, de um piso salarial, de uma política econômica que não permita o arrouxo salarial, mas este mesmo Estado não pode tolher o capital e sim intermediar estes dois pólos dialéticos. O Estado deve ser laico e impessoal. Como forma de garantir que atenda a todos o Estado deve renunciar sua atuação ampla e ser mínimo, como forma de garantir que não haja apropriação da burocracia por parte alguma; no atual estágio somente o Estado-mínimo pode dar eficiência no trato da coisa pública e a fiscalização, função deste Estado-mínimo, pode ser feita por um conjunto amplo da sociedade enquanto a ação é dominada por aqueles que dominam a burocracia. Devem ser garantidas e estimuladas todas as formas de representação e pensamento, sejam difusas ou coletivas, garantindo uma participação universal da formulação das leis e na execução das ações do Estado e não se deve permitir jamais que uma vanguarda controle tudo isso e policie aqueles que discordam. Trabalhar para o Estado me deixou mais privatista.

Desta forma, acho que Direita é um bom termo para dar uma linha geral sobre meu pensamento político. Embora fundamentado num pensamento totalmente socialdemocrata de democracia e equilíbrio entre capital e trabalho, como a esquerda renunciou a estes em troca do chavismo, me defino assim, sem culpas nem arrependimentos.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

O terçol e a modernidade

Estou terminando meu primeiro Giddens e fiquei admirado com a questão da confiança como um elemento chave da modernidade. Afinal, há tantos sistemas peritos cujo funcionamento não sabemos e que cremos como se fosse uma coisa divina, embora saibamos que seja ciência. Considerando ainda que sem esta crença ou confiança nestes sistemas não podemos viver a modernidade, afinal, ninguém quer saber como funciona toda a rede de instituições e pessoas que o simples uso do bilhete único, do cartão de crédito ou do celular envolve.

O único problema é que todos esses sistemas altamente especializados esbarram numa porta que, deveria segundo o Giddens, fazer com que nossa confiança nesses sistemas fosse construída. Assim a certeza de que o piloto de avião ou o corretor da bolsa sabem muito bem o que fazem nos daria confiança no avião e no mercado de ações.

Mas o que fazemos com um médico que ao ver um terçol simplesmente diz: isso é assim mesmo? Oras, ao fazer isso, esse médico insensato colocou em xeque toda a confiança que eu poderia ter na medicina. Pois bem, desde abril do ano passado já tive um bom número de terçois, sendo que alguns deixaram cicatrizes nas minhas pálpebras. Já fui algumas vezes ao pronto-socorro oftalmológico e já fui a um oftalmologista e a resposta foi sempre que isso é assim mesmo. Mas como pode ser assim mesmo??

Pois bem, tentando manter a confiança, saí da Vila Madalena e fui até a Mooca para ver um médico. Três linhas de metrô e uma de ônibus depois, com toda a confiança do mundo no funcionamento do bilhete único; cheguei ao especialista, minha porta de entrada num sistema perito e a resposta foi, tenta uma compressa, isso é assim mesmo...
É mais fácil confiar na previsão do tempo!

terça-feira, janeiro 12, 2010

Foi o Dilúvio!

Quando se fala que houve uma catástrofe natural, naturalmente se naturaliza a catástrofe, esquecem-se as causas e todos se compadecem nas conseqüências, como se fosse a coisa mais natural, uma sina, a catástrofe natural. No entanto, não foi Deus que fez a cheia do Rio Paraitinga e puniu São Luiz pelo carnaval famoso da cidade. Talvez se perguntássemos ao índio que deu o nome de Paraitinga ao rio ou ao português que pôs São Luiz na garganta dele, ambos confirmariam que o rio enche. A única vez que fui a São Luiz do Paraitinga, no estio, vi uma rua inundada e marcas nas casas da inundação anterior, de tal forma que cheia não é uma ato divino e sim algo recorrente.

O que quero dizer é que ao invés da comoção, das promessas de reconstrução, da comunhão entristecida da vanguarda preocupada com a reconstrução do monumento histórico e do carnaval folclórico, não houve um jornal que se propôs a investigar a causa da tragédia. Foi a chuva, oras. Mas chuva, embora aleatória, não é um fenômeno desconhecido e o que não se conhece da chuva, se mede, se faz estatística e estudar chuva é uma ciência; prever enchentes, não quando, mas como, é o que faz os hidrólogos e que deveria fazer um comitê de bacias, ainda mais de uma bacia, como a do Rio Paraíba do Sul que tem praticamente todo seu potencial hidrelétrico explorado e o comitê de bacia mais bem estabelecido do país.

No mínimo se deveria fazer um inquérito e chamar o presidente do comitê de bacia e o chefe do DAEE para explicar como uma curva de remanso de uma hidrelétrica pode inundar uma cidade e chamar o chefe da Defesa Civil para explicar como numa cidade acostumada com cheias não houve nenhum alerta.

Estas tragédias de começo de ano são tão previsíveis que até dá preguiça em comentar. O problema é que o foco é sempre na solidariedade do povo comovido e na autoridade que viajou. Deste mal já padeceram tucanos como Eduardo Azeredo e petistas como a Marta Suplicy, padeceu este ano Sérgio Cabral e se eu fosse governador ou prefeito nunca tiraria férias no ano novo. No entanto, ninguém se pergunta do porquê das tragédias e fica tudo como se fosse uma tragédia que aconteceu para unir o povo, este ente que sem a participação das autoridades é capaz de se ajudar, já que somos brasileiros, povo bom que se une na adversidade, que não desiste nunca. Balela.

domingo, janeiro 10, 2010

Vida Peregrina

Dia de nostalgia. Como foi bom reler meu blog. Escrevo aqui desde o final de 2006, completando três anos e alguns meses de postagens constantes. Foi um olhar para trás para se preparar para caminhar mais uns bons anos.

Uma das coisas mais curiosas que percebi foi que não deixei um Dia Internacional das Mulheres e um Dia do Trabalho passar em branco. Nos três anos escrevi sobre estas duas datas que acho importantíssimas. Nos três anos escrevi sobre a igualdade de gênero e sobre a beleza da feminilidade. Foi uma constante também a discussão do capital versus o trabalho e da busca do trabalho como fonte de realização pessoal.

Achei inacreditável o quanto reclamava antigamente do trabalho via blog e como isso mudou bastante, não que eu ainda não tenha meus problemas com ele, mas encontrei outros meios e passei a encarar o trabalho de outras formas, ou tirar dele muitas obrigações. Ainda não está tão leve como deve ser, mas caminhou muito.

O Catolicismo apareceu em todos os períodos, como dúvida, como certeza, como fonte e culminou no Crisma de dezembro de 2009, talvez como um processo de retomada de influencias passadas que foram trabalhadas e resolvidas.

Reler o blog deu uma sensação tão gostosa de reviver momentos fantásticos como minha primeira visita ao Rio de Janeiro, a primeira vez que fui ao Ritz, meu primeiro Truffaut, a febre de Maria Antonieta causada pelo filme; foi ótimo sentir as mesmas sensações e principalmente pensar no porque elas foram tão marcantes. Para quem se considerava inconstante, foi bom constatar que minhas paixões são constantes, às vezes elas saem de cena, mas sempre voltam e estas idas e vindas foram bem registradas. No entanto Buenos Aires foi constante, passou por todos os anos como a minha maior ilusão, meu sonho feliz de cidade.

Como vi filmes e li livros! Como revi filmes e reli livros! Sempre achando coisas diferentes, criando ídolos e ondas, que vinham, voltavam e modificaram muito minha linguagem. Quanta vírgula deixei de usar, quanto erro de português encontrei!

No blog está o começo de alguns amores, o fim de outros, as diferenças marcantes e como me modifiquei com tudo isso chegando à discrição de diminuir a freqüência destas citações para viver um amor maduro, sem as dúvidas e oscilações presentes em todos os outros.

Ali no blog esteve toda a vontade de pertencer a um grupo e todo a percepção da inutilidade desta tentativa, e principalmente a felicidade de libertar-me de qualquer amarra que um grupo poderia me trazer, amarras implícitas em comentários nem sempre muito agradáveis, fogo amigo que foi muito mais fogo que amigo e que hoje nem é fogo nem amigo.

Politicamente me tornei muito mais liberal, mas muito coerente. Dentro de todas as contradições possíveis, meus princípios atravessaram três anos muito bem preservados e me orgulhei disso. Paulista, engenheiro, católico, liberal e intuitivo. Acho que caminhei para rótulos de uma maneira bem refletida, bem discutida.

Passaram três anos e as circunstâncias mudaram e eu também, continuo sendo produto delas, elas me moldam, me carregam; fantástico constatar que o núcleo passou incólume e as circunstâncias também foram produtos de mim.

sábado, janeiro 09, 2010

Da importância das pequenas metas

Devagar se vai ao longe. Uma grande caminhada começa no primeiro passo. O ótimo é inimigo do bom. Existem tantos ditados para dizer que a gente deve se preocupar em pequena escala para atingir a grande escala e, no entanto, sempre se vê um elogio a grandiloqüência, afinal parece que nossa sina é o sucesso. Sem fazer marolinha nem fazer uma apologia à revista Vida Simples, começo a acreditar muito nesta questão das pequenas metas.

Quando me Crismei no final do ano passado, além de todo o simbolismo religioso, não consigo não pensar na benção do bispo como uma sensação de dever cumprido, de algo que comecei e terminei. Embora esse ato em si pode não trazer grandes modificações no curso da minha vida (ou pode, agora considerando o simbolismo religioso), o fato de saber que comecei algo e levei até o fim me deixou muito bem, feliz.

Fui assistir Julie & Julia e a fiquei pensando na volta pra casa exatamente nisso. Uma pequena meta pode liberar sonhos suficientes para criar grandes saltos, e aqui não falo de sucesso, mas sim de auto-conhecimento, de felicidade pessoal, de encontrar significados e significantes.

Esse pragmatismo do executar algo com escopo e prazo definido (seria a definição de projeto?) ao permitir a sensação de fim, acaba deixando a vontade de se aprofundar. Um dia de cada vez a gente vai criando idéias e entre uma idéia e a execução existe um longo trecho e cada trecho com sua intensidade e vencido cada trecho a gente sempre pode refletir sobre a importância de continuar ou não, enquanto se pensarmos no trecho como uma coisa só pode-se chegar ao fim sem ter realmente querido estar lá e principalmente sem olhar a paisagem.

É preciso olhar a paisagem e é preciso terminar o que se começou.... vou tentar fazer isso este ano!

quinta-feira, janeiro 07, 2010

A Primeira Noite de um Homem

Não sou um crítico de cinema, definitivamente; não entendo nada de montagem, iluminação, continuidade, roteiro. Sou apenas capaz de tentar analisar o que o filme causa em mim e tentar compará-lo a outros que vi. Muitas vezes acho que assisto um monte de filmes para ter um cardápio de metáforas maior para expressar coisas que tenho vontade de dizer e outras que nem sei se tenho vontade de dizer, mas que talvez devam ser ditas; não sou nem crítico de cinema nem baseio minha vida em filmes.

Segundo um horóscopo que li, neste 2010 estarei sobre uma conjunção astral fantástica, regida por Júpiter e por Vênus que sinaliza a concretização de sonhos e algumas mudanças, segundo o mesmo horóscopo para que eu tivesse idéia do que essa conjunção significa, deveria lembrar-me de como foi meu biênio 1998/1999, exatamente a época em que assisti “A Primeira Noite de um Homem” pela primeira vez.

Entre a primeira vez que vi o filme e a segunda, que acabou de acontecer, me contaram, e depois pude vivenciar, dois conceitos que ainda hoje me intrigam. O primeiro é que sexo, embora seja vendido como libertador, é um reprodutor de padrões, mesmo que ele acabe sendo a base da transgressão, já que é nesta arena que hoje se combatem os padrões. O segundo é que o que a gente leva dos nossos pais é como se relacionar como casal, mas que isso também não é imutável. Talvez por isso o famigerado choque geracional sempre tem a ver com uma mudança nas formas das relações e com o sexo.

Se o choque geracional faz crescer, e se para crescer é necessário superar alguns desafios psicológicos e incluir no nosso arcabouço psíquico muitos elementos como o sexo e a forma de se relacionar como casal, talvez o ato de crescer assemelhe-se com a conjunção astral e não seja único e sim algo que ocorre algumas vezes na vida. Talvez aí a euforia causada pelas duas vezes que vi o filme.

Convenhamos, os cortes e as seqüências que dão o tom da passagem de tempo são fantásticos e a trilha sonora do Paul Simon é ótima, mas não há como não ficar pasmo frente à tomada da consciência do personagem principal, que passa da adolescência para juventude e depois para a vida adulta resgatando valores da primeira e recuperando experiências da segunda para viver uma terceira de maneira plena, no seu self.

Preocupa-me saber que alguém não se sinta eufórico ao ver este filme, talvez um homem mais que uma mulher, já que no fim se trata do desenvolvimento do homem. Mas sentir o filme é uma experiência única, mesmo que você o veja duas vezes. Comprei o filme e acho que esperarei uns dez anos para vê-lo novamente.

terça-feira, janeiro 05, 2010

Choque Geracional

Estou copiando a reportagem da revista Cláudia de janeiro/10 - pag. 69. Falei tanto já sobre esse assunto que achei interessante esse assunto ser tratado de uma maneira mais séria.


Pais que competem com os filhos
O culto à juventude, favorecido pelos avanços da medicina e da estética, pode ser o estopim de uma crise nos papéis geracionais. Quem alerta é Hélio Deliberador, coordenador do curso de psicologia da PUC-SP. "É o fenômeno recente que tem feito filhos, pais e até avós compartilharem os mesmos programas e interesses afetivos, às vezes até concorrendo. Ainda não dá para medir as consequências disso, mas pode ser fonte de sofrimento para o jovem", diz ele. Retraimento e maturidade precoce são sinais de que o filho está precisando de espaços que os pais não invadam. O adolescente não espera da família um comportamento juvenil, e sim orientação sobre como se relacionar bem com o mundo adulto.
Neste caso, além de não sabermos o que pode acontecer cabe a pergunta: como conseguiu-se infantilizar os adultos?
Fico pensando que se não fosse essa coisa tão traumática e criadora que é o choque de geração, eu não teria um dos livros que mais gostei: Gracias por el fuego.

domingo, janeiro 03, 2010

Padre Vieira e a Democracia

Fui ao Museu da Língua Portuguesa e encontrei esta parte do Sermão do Espírito Santo do Padre Vieira, depois de pensar uns dias nela, acho que ela representa bem a difícil missão da instalação de uma democracia moderna no Brasil.
"Há umas nações naturalmente duras, tenazes e constantes, as quais dificultosamente recebem a fé e deixam os erros de seus antepassados; resistem com as armas, duvidam com o entendimento, repugnam com a vontade, cerram-se, teimam, argumentam, replicam, dão grande trabalho até se renderem; mas, uma vez rendidos, uma vez que receberam a fé, ficam nela firmes e constantes, como estátuas de mármore: não é necessário trabalhar mais com elas. Há outras nações, pelo contrário — e estas são as do Brasil —, que recebem tudo o que lhes ensinam, com grande docilidade e facilidade, sem argumentar, sem replicar, sem duvidar, sem resistir; mas são estátuas de murta que, em levantando a mão e a tesoura o jardineiro, logo perdem a nova figura, e tornam à bruteza antiga e natural, e a ser mato como dantes eram. É necessário que assista sempre a estas estátuas o mestre delas: uma vez, que lhes corte o que vicejam os olhos, para que creiam o que não vêem; outra vez, que lhes cerceie o que vicejam as orelhas, para que não dêem ouvidos às fábulas de seus antepassados; outra vez, que lhes decepe o que vicejam as mãos e os pés, para que se abstenham das ações e costumes bárbaros da gentilidade. E só desta maneira, trabalhando sempre contra a natureza do tronco e humor das raízes, se pode conservar nestas plantas rudes a forma não natural, e compostura dos ramos."
E é isso, aceitou com grande docilidade e facilidade o choque do capitalismo, se beneficiou da modernização do país, viu a eficiência do setor privado, mas o tempo passou, o mato cresceu e agora todo mundo quer ser funcionário púbico ineficiente, tem medo da privatização e acha até que a própria democracia não é lá tão elementar assim.
Vamos ver "Lula, o filho do Brasil" e esquecer de Responsabilidade Fiscal, Reforma da Previdência que essas coisas dão muito trabalho e é melhor assistir um filme num cinema itinerante do ministério da Cultura que foi criado exatamente para isso...