sábado, janeiro 09, 2010

Da importância das pequenas metas

Devagar se vai ao longe. Uma grande caminhada começa no primeiro passo. O ótimo é inimigo do bom. Existem tantos ditados para dizer que a gente deve se preocupar em pequena escala para atingir a grande escala e, no entanto, sempre se vê um elogio a grandiloqüência, afinal parece que nossa sina é o sucesso. Sem fazer marolinha nem fazer uma apologia à revista Vida Simples, começo a acreditar muito nesta questão das pequenas metas.

Quando me Crismei no final do ano passado, além de todo o simbolismo religioso, não consigo não pensar na benção do bispo como uma sensação de dever cumprido, de algo que comecei e terminei. Embora esse ato em si pode não trazer grandes modificações no curso da minha vida (ou pode, agora considerando o simbolismo religioso), o fato de saber que comecei algo e levei até o fim me deixou muito bem, feliz.

Fui assistir Julie & Julia e a fiquei pensando na volta pra casa exatamente nisso. Uma pequena meta pode liberar sonhos suficientes para criar grandes saltos, e aqui não falo de sucesso, mas sim de auto-conhecimento, de felicidade pessoal, de encontrar significados e significantes.

Esse pragmatismo do executar algo com escopo e prazo definido (seria a definição de projeto?) ao permitir a sensação de fim, acaba deixando a vontade de se aprofundar. Um dia de cada vez a gente vai criando idéias e entre uma idéia e a execução existe um longo trecho e cada trecho com sua intensidade e vencido cada trecho a gente sempre pode refletir sobre a importância de continuar ou não, enquanto se pensarmos no trecho como uma coisa só pode-se chegar ao fim sem ter realmente querido estar lá e principalmente sem olhar a paisagem.

É preciso olhar a paisagem e é preciso terminar o que se começou.... vou tentar fazer isso este ano!

Nenhum comentário: